O Prefeito Ricardo Nunes levou para a Câmara Municipal o projeto de privatização da Sabesp. A justificativa era melhorar o serviço, mas, olhando para o que aconteceu com a Enel, tínhamos motivos para pensar sobre o assunto!
Quando a Enel assumiu o serviço de energia elétrica, muitos esperaram melhorias. No entanto, o que aconteceu foram aumentos nas contas, burocracia nas tarifas sociais e serviços precarizados, especialmente em momentos críticos, como os apagões generalizados, causando enorme prejuízo para a população. Daí fica a pergunta: Será que privatizar a Sabesp era realmente o caminho?
Infelizmente, 34 vereadores aprovaram a privatização da Sabesp. Atualmente, a Sabesp cobra R$71,00 por até 10.000 L/mês na categoria comum e R$22,00 para a social. Mas, se olharmos para exemplos de privatizações em outros locais, como o Rio de Janeiro com a Cedae, vemos que as tarifas podem subir significativamente. Isso importa para todos, mas atinge mais quem já tem pouco.
A Sabesp não estava no vermelho; pelo contrário, ela devolveu R$ 436 milhões ao estado de São Paulo só em 2022. A maioria das cidades atendidas pela empresa já tem ou está a caminho de ter saneamento universalizado, assim como São Paulo. Então, por que mudar a gestão de algo que já funcionava?
Apressar a privatização da Sabesp foi um erro. A constituição do estado de São Paulo diz que o saneamento básico é responsabilidade do governo.
Se a privatização aconteceu, as periferias, pretos, mulheres serão as primeiras a sentir o impacto. O aumento nas tarifas e a possibilidade de precarização do serviço não são possibilidades; são realidades em outros lugares onde a água foi privatizada.
Chegou a hora de continuar a luta. Precisamos constranger os vereadores que aprovaram essa medida. Participe da nossa mobilização e mostre que não queremos água mais cara em São Paulo. É nossa oportunidade de dizer: "Água Mais Cara, Não! O povo tem que decidir.
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